quinta-feira, julho 31, 2008

Liberte suas emoções!

Ontem eu fui parar no hospital explodindo de dor de cabeça. Mal conseguia levantar a cabeça e se pudesse fazia virar noite pra não ter que ficar no claro ,tontura e tudo mais. Cheguei no hospital e pra minha surpresa o médico de plantão foi super atencioso comigo, até olhou nos meus olhos, pasmem! Ele me perguntou com o que eu trabalhava, o que eu fazia depois do trabalho, se eu falava das minhas coisas pra outras pessoas, como é a minha saúde, minha alimentação, etc etc etc, e ai me perguntou: "Quando você está triste ou nervosa, você costuma chorar?" Parei. Antes até se a Regina Duarte, rainha mór da teledramaturgia que tem 1000 façetas iguais pra 1001 tipos de sentimentos apareçesse na tela eu chorava. Agora a coisa mais difícil ever é desçer uma lágrima no meu rosto. Eu respondi: "Eu não choro mais por nada. Nem por mim." Ele baixou a cabeça e continuou a fazer anotações. Me examinou, conversou um pouco mais comigo e pediu pra eu sentar." Flaviane, o seu caso é bem comum ultimamente, você está com um quadro de stress, muito nervoso acumulado. Te recomendo que você começe a tomar um calmante muito bom chamado Lexotan." UHIUSAHASIUASHSUISHUASIHSUISAHSAIUASHASIUSHASUHSAIUASHASIUASHASI!!!!!!"Doutor, sinto muito, mas esse é um remédio que eu pretendo nunca mais tomar, já tive grandes problemas com ele." E com a semana que eu tive, realmente foi a gota d´água. Resumo da ópera: Ele me passou um calmante natural, o qual eu não vou tomar, vários remédios na veia miturados com glicose e mais um roxo no braço, acho que as pessoas devem pensar eu to usando drôgas,hoho, eu vivo com o braço marcado de injeção. É isso ai, uma qualidade de vida melhor, pliiiis, e me bilisquem pra ver se eu choro!uihsauisahsuihsaiushsiuhsiuhsiuahuas....

PS: Escrevendo para o Charlie, esse blog é inabitável,acho que se um dia eu cometer um assassinato venho aqui desabafar....hehe...free hugs.

sexta-feira, julho 25, 2008

O motorista do 8-100(Rubem Braga)

Tem p Correio da Manhã um repórter que faz, todo domingo, uma página inteira de tristezas. Vive montado em um velho carro, a que chama. “Gerico"; a palavra, hoje, parece que se escreve com “J"; de qual jeito (que sempre achei mais jeitoso quando se escrevia com “g") é carro paciente e rústico, duro e invencível como um velho jumento. ' tinha de sê-lo; pois sua missão é ir ver ruas esburacadas e outras misérias assim.
Pois esse colega foi convidado, outro dia, a ver uma coisa bela. _ estivesse pela manhã bem cedo jundo ao edifício Brasília (o último Avenida Rio Branco, perto do Obelisco) para assistir à coleta de lixo. Foi. Viu chegar o caminhão 8-100 da Limpeza Urbana, e saltarem ajudantes, que se puseram a carregar e despejar as latas de lixo. Enquanto isso, que fazia o motorista? O mesmo de toda manhã. Pegava um espanador e um pedaço de flanela, e fazia o seu carro ficar rebrilhando d limpeza. Esse motorista é “um senhor já, estatura mediana, cheia de corpo claudicando da perna direita; não ficamos sabendo seu nome".
Não poupa o bom repórter elogios a esse humilde servidor municipal. E sua nota feita com certa emoção e muita justeza mostra que, ele não apenas sabe reportar as coisas da rua como também as coisas da' alma.
Cada um de nós tem, na memória da vida que vai sobrando, seu caminhão de lixo que só um dia despejaremos na escuridão da morte. É Grande parte do que vamos coletando pelas ruas tão desiguais da existência é apenas lixo; dentro dele é que levamos a jóia de uma palavra preciosa, o diamante de um gesto puro.
É boa a lição que nos dá o velho motorista manco; e há, nessa lição, um alto e silencioso protesto. Não conheço este homem, nem sei que infância teve, que sonhos lhe encheram a cabeça de rapaz. Talvez na adolescência ele sucumbisse a uma tristeza sem remédio se uma cigana cruel lhe mostrasse um retrato de sua velhice : gordo, manco, a parar de porta em porta um caminhão de lixo. Talvez ele estremecesse da mais alegre esperança se uma cigana generosa e imprecisa lhe contasse: “Vejo-o guiando um grande carro na Avenida Rio Branco; pára diante de um edifício de luxo; o carro é novo, muito polido, reluzente... “
É costume dizer que a esperança é a última que morre. Nisto está uma das crueldades da vida; a esperança sobrevive à custa de mutilações. Vai minguando e secando devagar, se despedindo dos pedaços de si mesma, se apequenando e empobrecendo, e no fim é tão mesquinha e despojada que se reduz ao mais elementar instinto de sobrevivência. O homem se revolta jogando sua esperança para além da barreira escura da morte, no reino luminoso que uma crença lhe promete, ou enfrenta, calado e só, a ruína de si mesmo, até o minuto em que deixa de esperar mais um instante de vida e espera como o bem supremo o sossego da morte. Depois de certas agonias a feição do morto parece dizer: “enfim veio; enfim, desta vez não me enganaram".
Esse motorista, que limpa seu caminhão, não é um conformado, é o herói silencioso que lança um protesto superior. A vida o obrigou a catar lixo e imundície; ele aceita a sua missão, mas a supera com esse protesto de beleza e de dignidade. Muitos recebem com a mão suja os bens mais excitantes e tentadores da vida; e as flores que vão colhendo no jardim de uma existência fácil logo têm, presas em seus dedos frios, uma sutil tristeza e corrupção, que as desmerece e avilta. O motorista do caminhão 8-100 parece dizer aos homens da cidade: “O lixo é vosso meus são estes metais que brilham, meus são estes vidros que esplendem, minha é esta consciência limpa."

Harry Potter e as Relíquias da Morte

"...Enquanto discutiam aos cochichos, Harry andou pela sala prestando apenas meia atenção à conversa. Ao chegar à escada circular, ergueu os olhos distraidamente para o andar acima e se perturbou. O seu próprio rosto se refletia no teto do aposento.

Passado um momento de perplexidade, ele percebeu que não era um espelho, mas uma pintura. Curioso, começou a subir a escada.

-Harry, que é que está fazendo? Acho que você não devia ficar olhando a casa quando ele não está presente!

Harry, porém, já alcançara o andar de cima.

Luna decorara o teto do quarto com cinco rostos belamente pintados: Harry, Rony, Hermione, Gina e Neville. Eles não se moviam como os quadros de Hogwarts, mas ainda assim, possuíam certa magia: Harry achou que respiravam. o que pareciam ser apenas finas correntes de ouro passadas em volta das imagens, entrecruzando-as, após um exame mais atento, Harry percebeu que formavam uma palavra, mil vezes repetida em tinta dourada: amigos... amigos... amigos... "

quinta-feira, julho 24, 2008

To com um aperto idiota no peito. Como se eu estivesse sufocada. Meu dia foi uma bosta,nem vale a pena comentá-lo. Enfim, já ouvi 412 vezes uma música do Sigur Ros chamada Ágaetis Byrjun. Agora começou mais uma vez. A música é linda, mas cada vez que eu a ouço o meu peito aperta ainda mais. To com falta de gostar de alguém. De pensar em alguém enquanto acordo, trabalho, como e quando vou deitar ser a última coisa antes de adormeçer. Droga, fazia tempos que eu não chorava. Ainda bate algo aqui dentro... Bem fraquinho, mas dá pra ouvir.